
1. O que é e como funciona a inovação corporativa
2. Como praticar a inovação corporativa
3. Que tal começar a investir em inovação corporativa agora?
Globalmente, mais da metade dos executivos (55%) dizem que as empresas não inovam com a rapidez suficiente. A pesquisa feita pela Bain & Company e publicada pela revista Exame, consta que, na América Latina, essa crença é ainda maior: são 57%. Mas o que falta para chegar lá? Quais os obstáculos para colocar em prática a inovação corporativa?
Pense em como eram as coisas antes da chegada das startups. As empresas eram focadas em criar novos produtos e serviços e em expandir unidades de negócio. As melhorias eram feitas nas ofertas que já existiam.
As startups, no entanto, revolucionaram esse cenário. Empresas tradicionais se mostraram pouco aptas quando o assunto é identificar novas oportunidades, enquanto novos negócios trouxeram soluções para problemas antigos.
Nesse contexto, empresas tradicionais precisam reinventar seus modelos de negócio. Uma das maneiras de fazer isso é unindo o conhecimento interno com a inovação gerada externamente — a chamada inovação aberta. Mas, sobre isso, será falado mais adiante. Antes, entenda o que é inovação corporativa e como ela funciona.
A inovação corporativa é o processo pelo qual empresas incluem inovações em modelos de negócio já existentes.
Ou seja, investir em inovação corporativa é importante para identificar novas oportunidades de expansão e crescimento, além, é claro, de não ficar parado no tempo e continuar relevante no mercado. A inovação corporativa também torna a empresa mais competitiva, permitindo que ela penetre em novos mercados mais rapidamente.
É comum que empresas mais tradicionais ou já estabelecidas que procuram inovar contratem uma pessoa ou uma equipe que fica responsável pelos esforços de inovação — é a área de inovação corporativa. Mas também é possível fazer por meio da busca e parceria com startups. Nesses casos, o time interno de inovação funciona mais como um validador dessas startups, garantindo que elas façam sentido para a empresa.
Sabendo da importância da inovação corporativa, talvez também esteja curioso para saber como colocá-la em prática na sua empresa. Infelizmente, só a boa vontade da diretoria não é suficiente para tornar uma empresa inovadora. Assim, é preciso que a inovação corporativa seja criada de maneira embasada, em uma verdadeira cultura da inovação. É sobre isso que vamos falar nos próximos tópicos.
Confira algumas dicas para a sua empresa ser bem-sucedida com a inovação corporativa.

O funil de inovação é uma metodologia que organiza e gerencia ideias inovadoras em uma empresa, inspirado no funil de vendas. Criado pelo professor da Universidade de Berkeley, Henry Chesbrough, o conceito surgiu como uma forma estruturada de captar, avaliar e implementar novas ideias, garantindo que as melhores sejam priorizadas e desenvolvidas.
Composto por três etapas – topo, meio e fundo – o funil de inovação inicia com a geração de ideias, passa pela triagem e avaliação de viabilidade, e termina com a execução dos projetos selecionados.
Implementar um funil de inovação envolve definir critérios de avaliação, promover a colaboração entre equipes e usar métricas para acompanhar o progresso dos projetos. Incentivar uma cultura de inovação dentro da empresa é crucial, oferecendo treinamento e recursos para motivar os colaboradores a contribuir com suas ideias.
Dessa forma, o funil de inovação não só facilita a gestão de ideias, mas também impulsiona o crescimento sustentável e a competitividade no mercado. Para mais detalhes sobre o funil de inovação, confira o artigo completo aqui.
Poucas coisas prejudicam tanto a inovação quanto o medo de errar. Por isso que empresas que praticam a inovação corporativa têm tolerância com erros. Dessa forma, o time perde o receio de trazer ideias para a mesa por medo de errar ou de ser reprimido. Erros fazem parte do aprendizado!
Colaboradores que se sentem acolhidos e à vontade na empresa também falam mais abertamente sobre os problemas que enfrentam e dão sugestões de melhoria.
Mas, lembre-se: é importante distinguir erros de incompetência dos colaboradores.
Experimentar é outro ponto essencial da inovação corporativa. Dessa forma, é possível melhorar processos, produtos e serviços que já não estão de acordo com o que os consumidores esperam.
Mas não se trata de qualquer tipo de experimentação. Ela deve ser feita com base em dados e sem pular etapas, começando pela formulação e teste de hipóteses e indo até o aprendizado final gerado pelo experimento.
Para que a inovação corporativa dê certo, será preciso investir em capacitação. A inovação não deve ser imposta, mas sim reconhecida pela equipe como algo necessário. Para isso, é preciso que as pessoas entendam a importância de inovar.
Isso pode ser feito por meio da criação de um comitê de inovação, reunindo colaboradores de diversas áreas. Eles vão ajudar a disseminar essas ideias para o restante da empresa.
Além disso, eventos, palestras e workshops também são interessantes, assim como uma comunicação interna eficiente, que mostre de forma transparente ao time o que está sendo feito e onde se quer chegar.
Nas empresas inovadoras, os colaboradores não competem entre si, mas, sim, colaboram uns com os outros. Esse ambiente de colaboração torna mais fácil inovar, pois reúne diversas habilidades e perfis em prol de um objetivo comum. No entanto, isso não significa que os colaboradores não possuam entregas individuais.
Nesse ambiente, o chefe deve ser também um parceiro no objetivo de inovar. Com a horizontalidade, os colaboradores ficam mais à vontade para colocar novas ideias ou práticas, sem tanta preocupação com hierarquia. O papel do líder é, sim, engajar os colaboradores nesse objetivo de inovar e fazer com que cada um conheça o seu papel.
De maneira resumida, design thinking consiste em pensar como um designer. A ideia é usar um raciocínio pouco convencional no mundo corporativo, o pensamento abdutivo, abordando problemas de maneira profunda.
Com o design thinking, o profissional tem a sua disposição um conjunto de ferramentas que estimulam a inovação eficiente. É possível encontrar novas respostas para problemas antigos, fazendo com que a solução criada seja uma resposta para um problema.
É uma inovação feita em etapas, que evita que a empresa precise corrigir erros dos produtos e serviços depois de lançá-los.
Por fim, uma das maneiras mais efetivas é praticar a inovação aberta. O conceito, também criado por Henry Chesbrough, consiste em fazer inovação de uma maneira mais participativa e descentralizada.
Nesse tipo de inovação, a empresa busca fazer parcerias com agentes externos em determinados projetos, no geral contando com a ajuda de startups.
Veja o caso do Distrito Community: nossos hubs de inovação são separados em diferentes verticais. Há um espaço dedicado a fintechs, outro a healthtechs, outro a adtechs e assim por diante. Uma clínica tradicional que quer investir em inovação corporativa, por exemplo, pode procurar o espaço dedicado às startups de saúde para encontrar as ideias mais inovadoras da área.
Muitas empresas que querem investir em inovação corporativa não sabem por onde começar. Um primeiro passo pode ser colocar o seu negócio dentro de um hub de inovação. Dessa maneira, você vincula a sua marca às iniciativas inovadoras que acontecem nesse espaço.
É isso que fazem empresas como Johnson&Johnson, Unimed, Bosch, HDI Seguros e KPMG, que são mantenedores dos centros de inovação do Distrito. No Brasil, existem muitos espaços assim, atualmente totalizando 5 mil metros quadrados em diversas cidades. O objetivo? Conectar o ecossistema para gerar impacto e construir um futuro mais inteligente.
Se você tem uma empresa e quer se aproximar das startups, entre em contato com a gente e saiba como podemos ajudar!
