
1. O que é inovação?
2. Para que serve a inovação
3. Como fazer inovação
4. Tipos de inovação
5. Quanto custa inovar?
6. Como sua estratégia de inovação pode alcançar melhores retornos
7. Cultura de experimentação
8. Mitos sobre inovação
9. Conclusão
A inovação é uma das áreas mais importantes no que diz respeito à competitividade das empresas em todos os setores à curto e longo prazo, sobretudo, na nova economia. Ela vai muito além de apenas uma buzzword que muitos gurus amam espalhar por aí.
Portanto, é crucial saber para que ela serve como colocá-la, de fato, em prática. Neste artigo, vamos abordar tudo o que empresários e entusiastas precisam saber sobre inovação, sua implementação e exemplos!
A inovação é um processo através do qual um domínio, produto ou serviço é renovado e atualizado pela aplicação de novos processos, introdução de novas técnicas ou estabelecimento de ideias bem-sucedidas para criar um novo valor.
A palavra tem origem no verbo latino innovare, que significa, em essência, renovar ou restaurar. E uma das suas características mais importantes é a criação de valor.
Pois produtos e serviços que não se transformam ou se adaptam às novas tecnologias e tendências, tornam-se obsoletos rapidamente. Com tantas novidades no mercado, o consumidor tende a perder o interesse cada vez mais rápido, e a sua busca por coisas novas é contínua.
Dessa forma, a inovação no contexto de empresas deixa de ser um opcional e passa a ser indispensável. Porém, ainda há muitas dúvidas e incertezas sobre como iniciar uma jornada de inovação corporativa, quais os tipos de inovação e como garantir bons retornos.
Como mencionado anteriormente, conforme a velocidade que a tecnologia avança e novas tendências surgem, a necessidade de acompanhar esse movimento e inovar na entrega de serviços ou produtos cresce junto.
Porém, indo um pouco além, a inovação não se resume apenas em desenvolver produtos ou serviços diferenciados, mas também é um caminho para digitalizar processos, facilitar a comunicação interna, repensar o modelo de negócio e até mesmo adotar uma cultura focada em inovar e transformar.
A inovação não é apenas uma vantagem para o consumidor, mas também traz grandes benefícios para os fundadores, colaboradores e a empresa no geral. São eles:
Leia também: O que é cultura de inovação e por que é importante?
Nessa altura do campeonato, você já deve ter suposições. Mas um fator muito importante para qualquer empreendimento é aumentar sua competitividade.
Nesse caso, existem várias maneiras de fazer isso: sendo líder de um setor ou desenvolvendo estratégias de diferenciação. Em ambos os casos, é necessário traçar estratégias exclusivas.
Empresas que buscam liderança no setor precisam garantir competitividade a longo prazo, otimizando processos e criando produtos e serviços inovadores para ganhar escalabilidade.
Por outro lado, as empresas que focam na diferenciação precisam inovar a fim de oferecer algo único e resolver as dores dos clientes.
Para exemplificar, a chegada da startup Quinto Andar revolucionou o mercado imobiliário, transformando o processo de alugar imóveis, antes demorado e desgastante. Agora, os clientes têm mais controle sobre a busca, podendo filtrar características do imóvel e escolher a melhor garantia locatícia. Como resultado, as imobiliárias tradicionais precisaram correr atrás do prejuízo, automatizando processos e melhorando o atendimento para acompanhar essa nova realidade.
Porém, vale mencionar que a inovação é um processo sem fim. Ou seja, o surgimento de novas tecnologias e, consequentemente, novas demandas de mercado, exige que as empresas sempre tenham estratégias consistentes e que possam evoluir conforme o mercado também muda.
Agora que você entendeu a importância da inovação, vamos conferir como dar os próximos passos.
Primeiramente, todo esse processo só faz sentido se a empresa em sua totalidade estiver alinhada a esse objetivo. Nada adianta ter apenas um único setor ou time responsável pela transformação, ou se apenas este for um desejo da gestão.
A inovação é feita de pessoas para pessoas. Por isso, a mentalidade deve ser compartilhada por todos. Isso inclui desde os líderes até todos os colaboradores. Existem algumas dicas que podem ajudar com isso:
Ainda assim, a inovação demanda um bom nível de criatividade e uma boa disponibilidade de dados.
O que isso significa? Muitas vezes, as estratégias vão além da operação cotidiana da empresa. É preciso estar atento aos movimentos do mercado, quais tendências estão despontando e qual delas é relevante para o seu negócio, e nem sempre você terá essa informação.
Com isso, uma plataforma de inovação e implementação de tecnologia pode ser extremamente positiva para impulsionar a sua empresa rumo a um novo patamar.
Leia também: Gestão da inovação: tudo o que você precisa saber para transformar a sua empresa
Para inovar de maneira eficaz, é essencial entender que não existe um único caminho. Cada empresa possui seu contexto, e as estratégias variam conforme os objetivos e resultados desejados. Abaixo está uma abordagem mais simplificada sobre como definir a inovação na sua organização:
Com base nisso, estabeleça objetivos claros de inovação e os passos para alcançá-los. Atualmente, as empresas, no geral, entendem que há quatro modelos principais de inovação: radical, incremental, disruptiva e aberta.
Leia também: 10 livros sobre inovação para ajudar na sua jornada
A inovação incremental é quando uma empresa faz pequenas melhorias em seus produtos, serviços ou processos já existentes. Nada muito arriscado, mas o suficiente para manter as coisas em movimento.
Um exemplo clássico é a Coca-Cola, que foi adicionando novos sabores, como limão e cereja, para continuar relevante. Entre as vantagens estão:
Já a inovação radical é aquela que transforma completamente o mercado, criando novos produtos ou serviços. Ela demanda mais tempo e recursos, mas o impacto a longo prazo pode ser enorme.
Um exemplo é a Salesforce, que revolucionou o mercado com seu modelo de SaaS (software como serviço) para CRM. O foco aqui é explorar novos mercados, mudando o cenário competitivo. Vantagens incluem:
A inovação disruptiva acontece quando uma empresa nova, geralmente uma startup, chega e muda o jogo, substituindo soluções antigas por alternativas mais acessíveis e simples.
Um exemplo perfeito é o Spotify, que revolucionou a forma como consumimos música, praticamente aposentando os CDs. A inovação disruptiva se destaca por:
A inovação aberta é um termo que surgiu em 2003 no livro de Henry Chesbrought: Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology.
A estratégia propõe a colaboração entre empresas, colaboradores, clientes e fornecedores no processo de inovação. A ideia é compartilhar conhecimentos e experiências, rompendo com o medo de expor informações à concorrência e criando ecossistemas favoráveis ao desenvolvimento tecnológico.
É nesse momento que os ecossistemas de inovação ganham relevância. Afinal, são eles os responsáveis pela criação de ambientes propícios ao desenvolvimento tecnológico e científico em prol do avanço.
Essa abordagem é uma via de mão dupla, em que as empresas envolvidas se beneficiam do conhecimento compartilhado, economizando tempo e dinheiro no desenvolvimento de produtos e serviços. Além disso, a inovação aberta traz benefícios como:
Muitas empresas ainda resistem à inovação, preferindo modelos tradicionais ou temendo sair da zona de conforto. No entanto, o custo de não inovar pode ser muito mais alto, já que novos concorrentes e tecnologias estão transformando mercados inteiros. Exemplo disso são empresas como Kodak e Nokia, que falharam em se adaptar e acabaram caindo no esquecimento (lê-se: falência).
De acordo com o IPEA, para uma empresa se manter competitiva no Brasil, é necessário investir pelo menos 2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas o país investe apenas 0,5%. Isso demonstra a resistência no cenário brasileiro.
Apesar do investimento em inovação ser de longo prazo, ele é fundamental para evitar a perda de relevância no mercado. Empresas que focam na inovação tendem a garantir um crescimento sustentável e a se destacar em um ambiente competitivo, enquanto as que não inovam arriscam sua sobrevivência.
Leia também: 6 empresas que falharam em se adaptar e caíram no esquecimento
Para medir o impacto dos investimentos digitais, as empresas devem adotar métricas adequadas, e o Return on Digital Investments (RODI) é a principal delas.
Em 2020, um estudo realizado pela EY-Parthenon concluiu que apenas 23% das empresas calculavam o RODI, mas esse número subiu para 41% em 2022. Ele também mostrou que o RODI médio esperado para 2022 era de 7,6%, um aumento em relação aos 4,4% de 2021.
Apesar desse avanço, muitos executivos ainda enfrentam dificuldades para acompanhar com precisão os investimentos digitais. Três quintos dos entrevistados não sabem quanto foi investido no último ano, nem conseguem avaliar o impacto desses investimentos nas áreas beneficiadas. Isso impede uma visão clara do sucesso e das razões por trás dele.
Além de mensurar o impacto, é essencial fazer investimentos ponderados e inteligentes. A maioria dos executivos (55%) prefere investimentos inorgânicos, como parcerias, Corporate Venture Capital (CVC) e fusões e aquisições (M&A), em vez de confiar apenas no crescimento orgânico.
Para melhorar a eficácia dos investimentos digitais, os executivos que participaram do estudo recomendam:
Leia também: Como medir o sucesso da inovação?
Uma maneira eficaz de garantir que a inovação permeie todos os setores de uma empresa é, primeiramente, adotar a cultura de experimentação. Esse conceito, embora bastante comum em agências, pode ser aplicado em qualquer tipo de negócio.
Basicamente, a ideia é incentivar a experimentação de novas ideias em todos os times, promovendo a criatividade e a aceitação de erros. Assim, as empresas podem corrigir rapidamente o que não funciona, usando um processo estruturado que envolve hipótese, observação, mensuração e aprendizado.
Além disso, nessa cultura, é fundamental que todos os envolvidos estejam preparados para errar e aprender com os erros. A chave é testar rapidamente, falhar rapidamente e aprender rapidamente. Consequentemente, esse ciclo contínuo de experimentação permite que a empresa acumule conhecimento e ajuste suas práticas com mais agilidade.
Por exemplo, empresas como Netflix e Amazon adotaram essa mentalidade há anos. Dessa forma, elas incentivam seus colaboradores a compartilhar insights e testar novas ideias, criando um ambiente em que a inovação surge naturalmente. Portanto, o sucesso dessas empresas mostra como uma cultura aberta à experimentação pode gerar grandes resultados.