
1. Captação da fintech Conta Simples veio em um bom momento operacional
A fintech de cartões corporativos Conta Simples anunciou, na última terça-feira, uma captação de mais de R$ 200 milhões em uma rodada série B. Essa é a primeira grande captação do ano na América Latina.A rodada foi liderada pela gestora norte-americana Base10 Partners, que já era investidora da Conta Simples desde a rodada anterior de R$ 121 milhões e também foi quem tomou a iniciativa de abrir negociações para liderar o investimento na série B.Além disso, também participaram outros investidores, como Valor Capital, Jam Fund, Y Combinator, Big Bets, Broadhaven e DOMO.
“Foi uma rodada muito rápida. Isso reforça nossa tese, mostra que somos uma companhia sólida e nos prepara para o futuro.”, afirmou Rodrigo Tognini, CEO e cofundador da Conta Simples em entrevista para a Valor Econômico.
Tognini não abriu o novo valuation, mas afirmou que foi três vezes maior que a rodada anterior.Com os recursos levantados, a fintech pretende investir em quatro frentes estratégicas: atendimento a grandes empresas, marketing, aquisição de clientes e oferta de crédito.Um dos produtos em destaque é o "buy now, pay later" B2B, que replica a experiência de um cartão de crédito, porém utilizando a tecnologia PIX. Essa nova modalidade de crédito permitirá às empresas estenderem prazos de pagamento com fornecedores, aumentando sua flexibilidade financeira.
Em dezembro de 2023, a Conta Simples obteve a licença do Banco Central para operar como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). Dessa forma, a fintech consegue ampliar sua forma de atuação.A saber, a licença de SCD permite que a Conta Simples desenvolva produtos de financiamento, concessão de crédito e direitos creditórios.Por fim, a captação veio em um bom momento operacional da empresa. Em 2023, a fintech atingiu o ponto de equilíbrio financeiro (breakeven) e registrou um volume de transações de R$18 bilhões, com 30 mil clientes ativos.