
1. O que é Indústria
4.0?
2. História da Indústria
4.0
3. IA na Indústria
4.0: como funciona?
4. Vantagens da inteligência artificial industrial
5. Desafios da Indústria
4.0 no Brasil e no mundo
6. Tendências: Big Data, IoT e outros avanços
7. Conclusão
O mundo já passou por várias revoluções industriais. Da máquina de vapor às últimas tecnologias de gêmeos digitais e inteligência artificial, a humanidade vivenciou saltos tecnológicos cada vez maiores em seus métodos de produção.
Nesse contexto, a Indústria 4.0, um dos marcos mais recentes nessa história, está moldando o futuro da manufatura por meio de tecnologias emergentes.
Com a digitalização acelerada dos processos industriais, a IA tem se tornado um dos pilares dessa transformação, permitindo otimizar a produção, reduzir custos e aumentar a eficiência.
Segundo Neto Marin, engenheiro de Aplicações Google, a IA pode promover avanços de 40% ou mais na indústria nos próximos anos. A estimativa é que o mercado global de IA na manufatura evolua de 3,8 bilhões de dólares para 156 bilhões entre 2023 e 2033.
A revolução está posta e discussões de uma quinta e até mesmo uma sexta revolução industrial já começaram a surgir na comunidade científica. Em meio a tudo isso, a IA é uma peça central que não só auxilia na automação, mas também transforma profundamente a maneira como as fábricas operam.
A expectativa é que, com o uso da inteligência artificial, as indústrias alcancem um nível de produtividade e flexibilidade até então inimagináveis, mudando o setor produtivo global para sempre. Para entender como tudo isso está acontecendo, saber o que é Indústria 4.0 e como a inteligência artificial está influenciando esse processo é fundamental.
Para te ajudar com essa tarefa, reunimos tudo que você precisa saber neste artigo.
A Indústria 4.0 é um conceito que remonta à quarta revolução industrial, uma das mais recentes, caracterizada pela integração de tecnologias digitais em sistemas de produção física.
Ao contrário das revoluções anteriores, que foram baseadas em inovações como a mecanização, eletrificação e automação, a Indústria 4.0 representa um novo estágio de digitalização e interconectividade.
Antes de mais nada, sua principal proposta é transformar as fábricas em “fábricas inteligentes”. As máquinas, nesse contexto, não apenas executam tarefas complexa de maneira autônoma, mas também se comunicam entre si e com o ambiente ao redor. Isso permite um controle contínuo e otimização dos processos de produção.
Esse movimento consiste no emprego de tecnologias avançadas, como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, machine learning, big data e computação em nuvem, para criar um ambiente de produção mais eficiente e flexível.
Nesse cenário, os humanos passam a interferir menos na produção em si e passam a focar na operação, coordenação e otimização das tecnologias. Os mecanismos se tornam mais sofisticados, assim como as tarefas e os resultados.
O grande diferencial da Indústria 4.0 é que ela não depende de uma única tecnologia, mas sim da integração dessas tecnologias para criar uma rede de produção totalmente conectada.
O conceito de "fábrica inteligente" não se refere apenas à automação, mas também à digitalização de processos e ao uso de dados para otimizar operações e promover uma produção personalizada.
Isso permite que as indústrias respondam de forma ágil a mudanças nas demandas do mercado e se adaptem rapidamente às condições de produção, garantindo um nível mais alto de eficiência.
Para entender a Indústria 4.0 e a posição da Quarta Revolução Industrial no tempo, é essencial contextualizar esses fenômenos dentro da evolução das revoluções industriais. Pensando nisso, resgatar a linha do tempo estudada nas escolas e universidades do mundo inteiro pode ser de grande ajuda.
A Primeira Revolução Industrial, iniciada no final do século XVIII, foi marcada pela introdução de máquinas movidas a vapor, que substituíram a força humana e animal, possibilitando a produção em larga escala.
A Segunda Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, introduziu a eletricidade e as linhas de montagem, permitindo a fabricação em massa de produtos padronizados. A modernização das indústrias começou a tomar o mundo nesse período, deixando de estar concentrada em alguns países europeus mais desenvolvidos.
A Terceira Revolução Industrial, iniciada no século XX, foi o momento em que as tecnologias digitais começaram a ser integradas ao setor industrial. A informática, a eletrônica, a robótica e a internet foram as bases para o início dessa terceira etapa, uma vez que a popularização dos computadores e do digital afetou a sociedade em todos os seus setores.
Nesse momento, a automação trouxe mais eficiência e capacidade de gerenciamento. O avanço tecnológico possibilitou a digitalização das fábricas, tornando os processos de produção mais eficientes e flexíveis, mas ainda limitados por sua capacidade de interagir com outros sistemas.
Com efeito, a Quarta Revolução Industrial levou as inovações anteriores para novos horizontes. É ela que dá origem à Indústria 4.0, o resultado de uma evolução contínua desses estágios, representando um salto tecnológico significativo.
Esse fenômeno consiste na integração de tecnologias físicas, digitais e biológicas avançadas para reformular completamente a produção. Sistemas ciberfísicos, IoT, big data e IA, criam um ambiente de produção onde as máquinas e os sistemas são capazes de se comunicar e operar de maneira autônoma, algo que nunca havia sido imaginado antes.
Em outras palavras, este conceito potencializa exponencialmente a automação e integra a análise e a tomada de decisões em tempo real. Modelos de aprendizagem e feedback que otimizam a produção permitem que novos avanços sejam conquistados com velocidade crescente.
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A inteligência artificial é um componente fundamental na Indústria 4.0. Por meio de recursos como machine learning e deep learning, ela permite que os sistemas industriais se tornem mais autônomos e inteligentes.
A IA é capaz de processar grandes volumes de dados, identificar padrões e fornecer insights valiosos para melhorar os processos de produção, por exemplo. Sendo assim, os usos possíveis da IA na indústria incluem a automação, a manutenção preditiva e o controle de qualidade, entre outras.
Essas aplicações da IA são fundamentais para a transformação da indústria, permitindo que as fábricas funcionem de forma mais inteligente, ágil e eficiente. As máquinas e os sistemas de produção não apenas realizam tarefas automatizadas, mas também aprendem e se adaptam ao longo do tempo, criando um ciclo contínuo de melhoria.
A implementação de IA na indústria oferece diversas vantagens que impactam diretamente a produtividade, os custos e a competitividade das empresas. Confira algumas dos benefícios da inteligência artificial industrial:
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Embora as vantagens da IA na Indústria 4.0 sejam inegáveis, sua implementação ainda enfrenta desafios significativos. Tanto no Brasil quanto no resto do mundo, a adoção plena da Indústria 4.0 depende da superação de obstáculos técnicos, econômicos e culturais.
A Indústria 4.0 é impulsionada por uma série de tecnologias interconectadas, que ampliam o papel da IA no setor industrial. As tendências mais relevantes incluem big data, IoT, computação em nuvem e gêmeos digitais.
Em primeiro lugar, o volume de dados gerado pelas fábricas inteligentes está crescendo exponencialmente. Isso permite que as empresas processem, armazenem e analisem esses dados em tempo real, gerando insights valiosos para a tomada de decisões e otimização dos processos.
Em segundo lugar, a Internet das Coisas, é e sempre foi um componente chave da Indústria 4.0. Ela permite a coleta de dados em tempo real por meio de sensores inteligentes instalados em máquinas e equipamentos, viabilizando a automação e o monitoramento remoto das operações.
Sua influência é tanta que outro termo foi cunhado nesse campo: IIoT, ou Internet Industrial das Coisas, é um conceito que se refere à aplicação da tecnologia IoT em ambientes industriais. Essa noção envolve a conexão de máquinas, dispositivos e sensores industriais, e sua sofisticação é uma tendência relevante para o futuro.
Em terceiro lugar, a computação em nuvem permite que as empresas armazenem e processem grandes volumes de dados sem a necessidade de infraestrutura local cara. Ela também facilita a colaboração e o compartilhamento de dados entre diferentes sistemas e localidades.
Por fim, a criação de réplicas virtuais dos processos de produção e das cadeias de suprimentos é uma tendência crescente. Os gêmeos digitais permitem simulações e análises em tempo real, ajudando as empresas a prever problemas e otimizar operações sem a necessidade de intervenções físicas.
Em suma, a Indústria 4.0, impulsionada pela Inteligência Artificial, está reformulando os processos de produção em todo o mundo. Com todo o seu potencial, esse fenômeno oferece inúmeras oportunidades para as empresas que desejam se manter competitivas.
As vantagens incluem aumento da produtividade, redução de custos, melhoria da qualidade e sustentabilidade. No entanto, para aproveitar essas oportunidades, as empresas precisam superar desafios como a falta de dados estruturados, infraestrutura inadequada e escassez de talentos.
Para as empresas que buscam se destacar na transformação digital, a capacitação e a adoção de IA são fundamentais. O programa Mastering AI for Business, oferecido pelo Distrito, é uma excelente oportunidade para empresas que desejam implementar IA e posicionar-se como líderes em inovação.
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