
1. As demissões impactaram quase 30 mil profissionais de tecnologia em
20242. O que dizem as empresas?
Se você é aquela pessoa que acompanha os canais de notícias avidamente, deve ter percebido que as demissões em massa, ou layoffs, voltaram a abalar o mercado. big techs como Google, Microsoft, TikTok e Amazon fizeram demissões em 2024.Porém, este movimento não é novo: janeiro de 2023 bateu recorde em ondas de demissão, mas o número desacelerou no decorrer do ano passado. Com isso, surge a pergunta: por que os layoffs voltaram? Continue a leitura para entender!

Nos últimos meses, testemunhamos uma melhora macroeconômica extremamente necessária dada a crise que assolava o mundo. No Brasil — e em seus vizinhos latino-americanos —, a taxa de juros segue em queda, trazendo mais otimismo, mesmo que cauteloso, para o mercado. Afinal, taxa de juros mais baixa significa crédito mais barato, fazendo com que o custo de operação de uma empresa também fique mais baixo.Apesar disso, muitas empresas têm realizado processos de demissão em massa. Segundo o portal layoffs.fyi, 112 empresas ao redor do mundo fizeram demissões em 2024, impactando quase 30 mil profissionais de tecnologia. Em contrapartida, de acordo com a CNBC, janeiro foi o mês com menos contratações até o momento.Para se ter uma ideia, este movimento tem ganhado tanta força que, de acordo com a Forbes, janeiro de 2024 registrou o maior número de corte de pessoal desde janeiro de 2009, ficando atrás somente de janeiro de 2023, com mais de 100 mil pessoas impactadas por layoffs.
No começo do ano passado, a justificativa para os layoffs era que muitas empresas de tecnologia contrataram rapidamente durante a pandemia de covid-19 para atender à demanda crescente de digitalização. No entanto, o fim da pandemia somada à desaceleração da economia, essas empresas ficaram com excesso de pessoal.Agora, com a melhora do cenário, a teoria é que as empresas que estão realizando layoffs estejam apostando em eficiência para fazer mais com menos.Exemplo disso, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, declarou que 2023 seria caracterizado como o "ano da eficiência". Durante o período em que ele realizava a redução de 20 mil postos de trabalho, as ações da empresa registraram um aumento de 200%.Similarmente, outra teoria é que, com a ascensão da inteligência artificial (IA), muitas empresas estão automatizando trabalhos que antes eram realizados por seres humanos. É o caso do Duolingo, que demitiu cerca de 10% dos seus colaboradores para abrir mais espaço para IA.Por fim, há ainda quem acredite que o motivo das demissões em massa reside nas incertezas quanto ao futuro econômico global.
Estes são apenas alguns exemplos de demissões em massa que estão rondando o mercado tech no último mês.No Brasil, startups como a Cora e a Brex também não escaparam das ondas de demissões.De acordo com comunicado divulgado pela Cora, o motivo é que o mercado continua difícil e ainda há muita incerteza. Já a Brex alega que a decisão girou em torno de reduzir o número de camadas entre os líderes e o trabalho real que afeta os clientes.
