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Inovação Corporativa vs Inovação Aberta: o que as duas têm em comum?

Inovação Corporativa vs Inovação Aberta: o que as duas têm em comum?

14 de junho de 2019
7 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 14 de junho de 2019

As empresas cada vez mais procuram formas de se diferenciar e inovar para não perder valor competitivo. A Inovação Corporativa como também a Inovação Aberta são meios que podem ajudar as grandes companhias a se posicionarem. Afinal, cenário atual é cada vez mais desconhecido.

Com as constantes transformações digitais e mudanças do comportamento do consumidor é natural que ocorra, de certa forma, uma corrida pela diferenciação e consolidação da atuação da empresa.

Portanto, neste artigo preparamos um conteúdo mais aprofundado sobre todas as questões que envolvem todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação. Assim, você irá aprender sobre:

  • Nova Economia e as causas que impulsionam a inovação das grandes empresas
  • Inovação Corporativa: fundamentos e como funciona
  • Inovação Aberta: fundamentos e como funciona
  • Inovação Aberta e Corporativa: como elas se relacionam

Dessa forma, antes de nos aprofundarmos no significado e fundamentos tanto da Inovação Corporativa quanto na da Inovação Aberta, vamos entender mais o que leva uma empresa a querer inovar.

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Nova Economia

Atualmente, nós estamos em uma era de constante transformação denominada de Nova Economia que impacta diretamente no setor econômico, já que o avanço da tecnologia e da indústria está mais digital. Dessa forma, novas empresas surgem com propostas diferenciadas, abocanhando uma fatia do mercado que não é atendida pelas grandes empresas tradicionais.

Portanto, a Nova Economia é formada por quatro tipos de negócios:

  • Criativos: trabalham com bens intangíveis e ganham dinheiro com o que gostam.
  • Sociais: focados no impacto que geram na sociedade e não tanto no faturamento.
  • Escaláveis: modelo de negócio replicável e com alto foco em monetização e lucro.
  • Inovadores Corporativos: intraempreendedores que empreendem dentro das grandes companhias com iniciativas, projetos e produtos focados na diferenciação da empresa.

Além disso também relação com o próprio conceito de Economia Criativa. Nela, fala-se muito da presença de ciclos mais curtos. A ideia é que negócios bem-sucedidos provavelmente irão durar entre três e cinco anos com a fórmula inicial. Posterior a isso, eles terão de mudar a forma do negócio para se adequar à realidade daquele momento.

Além disso, há uma recorrente necessidade em ser rápido. As empresas estão adaptando o conceito de lançar um produto como teste inicial e ir adaptando o mesmo à medida que recebe os feedbacks. Isso segue a ideia de MVP.

Bom, agora, vamos listar alguns fatores que estão levando às empresas a procurar práticas de Inovação Aberta e Inovação Corporativa. Elas são:

Hegemonia de mercado e surgimento de startups diferenciadas

Já foi o tempo que muitas grandes empresas conseguiam imperar no mercado com sua liderança. Hoje, muitas startups apareceram com propostas inovadoras, ganhando mercado e recebendo aportes, mudando completamente algumas regras de mercados.

Olhe, por exemplo, para o que a Neon e a Nubank fizeram com o setor financeiro. Essas Fintechs surgiram e fizeram os bancos repensarem a hegemonia que tinham. O mesmo ocorreu com o surgimento do Uber que trouxe uma dinâmica diferente para como o mercado de táxis funcionava.

O fato de muitas empresas não perceberem esse movimento é justamente o fato de se acomodar com a consolidação do negócio fechando as portas para processos de Inovação Corporativa e Inovação Aberta.

Serviços e produtos focados em nichos específicos

Outro ponto é que muitas startups nasceram com propostas para atender nichos bem específicos e pouco explorados. Muitas grandes empresas ignoravam determinados nichos de seu segmento acreditando não ser interessante focar ou, pelo menos, não demonstravam interesse.

Dessa forma, surgiram serviços e produtos extremamente focados nesses nichos. O mais interessante é que nasceram já com o objetivo de atender um mercado bem nichado.

Por exemplo, a MEI Fácil, uma fintech que é residente em um dos nossos hubs de inovação, é um exemplo de startup que nasceu com o objetivo de atender o Microempreendedor Individual (MEI) e toda a parte burocrática que envolve a operação desse empreendedor.

Inovação Corporativa: fundamentos e como funciona

A Inovação Corporativa consiste em todo o processo e cultura de inovação que a empresa vai implementando ao longo do tempo ou os anos. Há muitas formas de aplicar a Inovação Corporativa ou Empresarial. Uma delas é inclusive se utilizando da Inovação Aberta.

Portanto, a empresa implementa diversas práticas que terão como propósito diferenciar a empresa, criar novos produtos ou serviços, como entender o mercado. O intuito é fazer com que o negócio não “morra” com o tempo e sempre tenha valor de mercado e competitivo.

Matchmaking e compra de startups

A prática de Matchmaking é muito comum e utilizada por grandes empresas que estão fomentando a Inovação Corporativa. Ela nada mais é do que conectar startups com empresas, com o intuito de resolver os problemas da grande companhia.

Além disso, a palavra matchmaking remete ao networking boca a boca e conexões mais pessoais. Elas unem as startups às empresas em troca de dinheiro ou de um serviço. Isso garante que ambas as partes estejam se beneficiando dessa transação. No entanto, é bom lembrar que tem momentos que o matchmaking NÃO funciona!

Do Matchmaking ou da necessidade da grande empresa, pode surgir a oportunidade da compra de uma startup que está bem posicionada em determinado mercado. Isso faz com que a grande empresa aprenda com a expertise desse negócio, posicionando-se, como também aprenda com uma nova cultura.

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Inovação Aberta: fundamentos e como funciona

A Inovação Aberta é o conceito e a cultura da grande empresa se abrir para todas oportunidades a ponto de fomentar todo o ecossistema de inovação do seu próprio setor.

Criado pelo professor Henry Chesbrough, autor do livro Open Innovation, o termo se refere à colaboração entre startups, empresas, indivíduos e órgãos públicos para criar produtos e serviços inovadores.

Dessa forma, a expressão vai contra a ideia da empresa investir somente em pesquisa interna e se fechar em seu mundo. Ou seja, vai contra ao que definimos como Inovação Fechada, que é quando a empresa não dá abertura ao ambiente ao seu redor.

Portanto, a Inovação Aberta oferece oportunidades para reduzir custos de pesquisa, minimizar riscos e trazer inovações para o mercado mais rapidamente.

Além disso, nos últimos anos, a Inovação Fechada perdeu cada vez mais sua relevância. Os fatores responsáveis por isso são:

  • Aumento extremamente significativo dos profissionais altamente qualificados na área. É importante para as empresas estarem abertas a trocar informações com eles.
  • A presença de Venture Capital está aumentando no mercado, abrindo possibilidade de novos relacionamentos e compras de startups parceiras;
  • O ambiente inovador de uma empresa oferece oportunidades externas para inovações potenciais não utilizadas;
  • O crescente número de clientes competentes, fornecedores especializados e pequenas empresas disponíveis como parceiros de cooperação;

Inovação Aberta e Corporativa: como elas se relacionam

A Inovação Aberta é uma das estratégias e práticas que complementam a Inovação Corporativa. Portanto, ao se abrir para o relacionamento com todo o ecossistema de startups e parceiros, a grande empresa aumenta a eficácia das suas ações e práticas de Inovação Corporativa.

Dessa forma, o ganho pode ser muito maior e ajuda a grande corporação a se destacar perante a sua concorrência.